Muitos autores e artigos têm exposto que é difícil fazer inovação nas empresas “olhando somente para dentro”e que é necessária uma aproximação ao ecossistema de inovação, que é representado pelas diversas formas de relacionamento com as startups. Porém, para alcançar esse novo patamar e entender que há esse ecossistema, as organizações precisam “olhar para dentro” e reconhecer a sua tese para implantar a sua cultura da inovação.

A inovação tornou-se um dos principais pilares que sustentam o ambiente dos negócios. Quando pensamos em inovar, estamos pensando desde a implementação de tecnologias disruptivas até numa transformação na cultura e gestão organizacional.

Como trilhar a ponte entre a mudança de mindset e um ambiente de inovação?

Como desenvolver o pensamento inovador nas equipes e nos gestores?

Para iniciar esse caminho, é necessário desenvolver uma cultura colaborativa, em que todos os profissionais estejam alinhados e dispostos a colaborar em atitudes, ideações e opiniões que agreguem valor ao negócio.

O processo inicia-se pela estratégia humana, a qual conduz os profissionais ainda tarefistas, conformados com a reprodutibilidade das suas atividades e sentindo-se até infelizes, denominados empregados para um perfil inovador, desafiador, aprendiz e feliz, denominado intraempreendedor. Assim, o empregado deixa de ver-se como tal e passa a reconhecer-se como parte integrante da organização – assumindo um comportamento de “dono”, ou seja, também responsável pelos processos de inovação da empresa. Cabe ressaltar que nem todos os profissionais estão no extremo inicial, muitos já percorrem o caminho para a aprendizagem e autodesenvolvimento. Mas se faz necessário que essa jornada seja de muitos profissionais das organizações e com foco na inovação.

O próximo passo é alinhar as operações de cada processo (setor, departamento), reconhecendo como as atividades são desenvolvidas e  construindo como poderiam ser realizadas, observando as premissas da nova economia e removendo os entraves que impedem as organizações de avançar, com insights de transformação. Com isso, osobjetivos da empresa passam a ser atingidos, entre eles temos: aumento do lucro, economia de recursos, ambiente mais eficiente, aumento do engajamento e produtividade dos profissionais.

Imaginemos a mudança de mindset de profissionais responsáveis pelos processos da organização, após passar pelo processo de desenvolvimento do empreendedorismo e já tendo a visão de processos transformados e integrados.

Um dos setores pode ser o de Pesquisa e Desenvolvimento – P&D, no qual os empregados, agora empreendedores, passam a entender que a incorporação do I, formando o P&D&I, é uma de suas responsabilidades. Assim, juntamente com os gestores dos demais processos, passam a entender que inovação não é atividade de um setor, que ninguém mais consegue fazer tudo sozinho e dentro do seu setor, nem fazer dentro da organização sem olhar para fora, que contratar ou manter grandes talentos tem um custo muito alto. Também, passam a reconhecer que para acompanhar as rápidas mudanças no mundo VUCA – volátil, incerto, complexo e ambíguo, e para a expansão dos negócios é primordial integrar um ecossistema de inovação.

Assim, entendemos que a cultura da inovação é construída antes no ambiente interno por meio de uma estratégia de inovação com uma metodologia definida, e consequentemente, expande-se para o relacionamento com o ambiente externo.

Sabendo-se que para inovar é fundamental o relacionamento com o ecossistema, a próxima fase é definir os passos para realizar essa aproximação com as startups.

Qual é a tese da sua organização?

Os primeiros passos já foram dados?

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